Hey Fenixs !!!


Hoje eu separei uma coisa super legal pra vocês, faz pouco tempo que comecei a compreender a arte da fotografia antes eu achava que uma foto era só uma foto e nada mais , achava até estranho quando ouvia falar de exposições de fotografia por que pra mim qualquer  pessoa com um bom equipamento poderia tirar ótimas fotos. Esse pensamento mudou quando eu fui em uma exposição de Lartigue por isso resolvi escrever esse artigo pra vocês , espero que gostem !!!

Lartigue: O Homem que retratou os movimentos da vida.

(Por Aruom Fenix)

Jacques Henri Lartigue nasceu em 1894 e morreu aos 92 anos em 1986, pertenceu a uma família rica da alta burquesia parisiense. Devido a sua condição social , ele sempre gozou de uma liberdade que não é legada a todos a sua vida era escrita por ele mesmo, o jovem burguês nunca foi obrigado a frequentar uma escola , nem pressionado a ter uma profissão, a guerra por sua vez era para ele apenas um boato pertubador.

Lartigue ganhou a sua primeira câmera quando ele tinha oito anos de idade como um presente de seu pai, duvido muito porem que seu pai soubesse que o garoto iria desenvolver tal paixão pela fotografia , paixão essa que o fez conservar em 135 álbuns os instantes de sua vida.

Foto de divulgação da exposição : Lartigue A vida em Movimento.


“E depois há o brejo um belo lugar para roezas náuticas! Fazer combates navais, cada um flutuando em seu meio-tonel, remando com um das pás do jardineiro.E que susto para mamãe, que nos vê mergulhados numa água nada cristalina, que mais parece café com leite. Quantos casacos e calças encolhidos por causa da água fria.”
(Diario datilografado, Rouzat, 1906)
       Com um jeito único de retratar o mundo a sua volta , o fotografo registrava a vida que o cercava com graça e tranquilidade , em alguns momentos podemos perceber em suas fotos deslumbramento e simplicidade , já em outros uma cena boemia com brincadeira e diversões, e claro muita velocidade. 

Foto de divulgação da exposição : Lartigue A vida em Movimento.
“Hoje havia muitas sombrinhas chiques e, como sempre, chapéus divertidos, imensos ou ridiculos.”

(Diario,1910)











       Jacques Henri Lartigue foi reconhecido posteriormente como um dos maiores fotógrafos do século XX , sendo que a sua obra foi doada para o Estado francês em 1979, trazendo para seu trabalho olhares oscilantes , hora considerado um fotografo charmoso e amador da belle époque e hora um dos precursores da fotografia moderna. 

Foto de divulgação da exposição : Lartigue A vida em Movimento.
“Decolar! Subir! Passar por cima dos obstáculos! Ficar imóvel em meio aos ares, como um peixe num aquário! Em sonhos, é fácil, E volta e meia eu voo assim [...].Mas meu irmão Zissou não sonha, ele calcula, inventa e já começa a treinar para deixar o chão para trás.” 
(O Diario datilografado, Rouzat, 1906)

       
      Uma das classificações que a sua obra possui é a de uma grande crônica , com jogos,viagens familiares , retratos de amigos, atividades esportivas e mundanas , assim com simplicidade e um talento singular Lartigue retrata desde momentos rotineiros a instantes quase irregistráveis da natureza, ou seja desde dois homens soltando pipa a uma onda quebrando na praia com a suas gotas de água suspensas.  A velocidade parecia ser um dos grandes deleites do fotografo que conseguia capturar um carro em alta velocidade e trazer para a foto a sensação do movimento em certos momentos, em algumas fotografias tiradas por ele, é possível sentir o vento ao seu redor enquanto vê a imagem. 

Foto de divulgação da exposição : Lartigue A vida em Movimento.

“Na descida de Rouzat,as máquinas vão a toda velocidade, e eu tenho que me postar no lugar certo: Na curva mais perigosa. Os bólidos levantam nuvens de poeira, e os pilotos tem que se agarrar ao volante e manejá-lo com destreza – senão a queda é certa!”

(Rouzat,1911.Mon livre de photogaphie. Paris: Flammarion,1977,p.27)

Lartigue não foi só o protagonista de sua vida mais também um espectador que procurou registrar cada instantes para agrupa-los em diários . Apesar disso o fotografo durante toda a sua vida se sentiu um amador , para falar a verdade ele se considerava mais pintor e escritor. Ele chegou até a conquistar algum sucesso com suas pinturas , e durante a sua vida ele escreveu vários diários e muitas paginas deles descrevem os momentos em que muitas de suas fotos foram tiradas.Mas foi só em 1963 que o seu “Eu” fotografo se espalhou pelo mundo inteiro com uma modesta exposição no Museu da Arte Moderna de Nova York deixando Lartigue muito surpreso.


As fotografias de Lartigue despertam algo quente e gostoso dentro de nós trazendo a arte de fotografar mais próxima da nossa realidade. Uma foto não é apenas uma momento congelado, não é o sorrir e posar para a lente de uma câmera é a arte de eternizar momentos, é a sensibilidade de guardar e transmitir as emoções e os sentimentos.


Fonte : Exposição Lartigue : A vida em movimento, realizada de 12 de fevereiro a 25 de maio de 2014 , Instituto Moreira Salles.

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